Verbo

-Na criação, o verbo se fez matéria. Em mim, que a matéria se faça verbo...

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Indelicadeza...

Essa coisa descarada, descontrolada, enlouquecida
Me fascina
Tal qual me fascina a educação
Queria ser um perfeito Gentleman
Não posso crer nessas pessoas contidas
Não se pode crer nelas
Todos devem se expor às vezes
E essas pessoas que tem medo
De se comprometer com uma ideia
Mesmo que depois mudem de opinião
Me oprimem!
Me fascina o amor,
A paz
Mas exatamente no momento
Em que me é dada a oportunidade de semeá-los
Eu caio de novo no tormento
De me expressar
Às vezes nossas opiniões devem ser guardadas
E a paz semeada
Você sabe que eu não gosto de você,
Por que você vem falar comigo?
Essas foram as minhas palavras
Quando eu deveria ter dito:
Boa noite, vá com Deus.
E nem a pedra lançada
Ou a palavra pronunciada
Voltam atrás
Paradoxalmente elas vão e ficam
E pesam
E remoem
Doem
Escolho então machucar o papel
Nesse caso o teclado
Não entendo como
Os homens podem matar uns aos outros
Se uma simples indelicadeza
Me tira o sono
É difícil de entender
Mas eu não sou tão bom assim
Eu também poderia matar você!

Um comentário:

  1. E você se registra tão fidedignamente em cada palavra, teus percursos, teus meneios, os rompantes e impulsos que sempre enxerguei por detrás dos teus olhos, da tua aparência mansa, contida? Nunca, posto que sempre me provocam vertigens doces e indecentes de serem sentidas, especialmente nestas horas madrugadas! Amei, amei, amei! Sobretudo, porque em teus escritos lindos, existe você nu!

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