Estou sem mel pra fazer poema!

Vindo pra mim

Venho de tempos antigos
de pastos verdes, rios limpos
venho de longe

Venho de um país outrora dito da fadas
venho da terra do cunca
venho do meio do nada

Venho pra dizer-te as coisas que vi
Contar das montanhas verdes e molhadas
da chuva fina da madrugada
falar de amor

Venho viver mais um pouco
olhar as primárias nadar e sorrir
venho mas em breve vou partir

Venho do país das maravilhas
venho, vou e vim de muitos cantos
venho falar de amor

Venho passar amor
"Passar mau"
venho pra ficar
venho falar de amor

E de tando falar a que venho
chegou a hora de partir
entretanto,
eu vim apenas falar de mim...

Moulin Rouge

Eis o desejo que retorna
A vontade que atormenta e a compulsão que devora
Eis denovo o vício

Eis o amor se escancarando em minha face
Cheio de vontade de entregar-se a mim
Eis o verbo,
A poesia e a canção
Eis a palma de sua mão
De encontro a minha

Lembro-me então de um dia
Uma frase e suas palavras
Lembro da marca de uma lágrima
E a correntinha de ouro a roçar meu peito

Lembro-me de um corpo bêbado
Sendo beijado pelo seu
Lembro-me que era o meu, e
Lembro-me que, ateu,
Pedi aos deuses seu amor

E mesmo agora
Depois de tanto amado
Depois de tanto sofrido
Depois de tanto doado
Em "Pessoa" lhe digo
Sei do fundo do meu íntimo
Que "eu te excito sem que venhas a notar
que os lábios que tu beijas são os dele
mas são as minhas palavras que te tocam"