Verbo

-Na criação, o verbo se fez matéria. Em mim, que a matéria se faça verbo...

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Rosa Vermelha



E pagarei com meu sangue
O erro do instante
com uma rosa no mar…

Despedida


Despeço-me então de ti
Cidade querida onde um dia nasci
E rumo para um rio que não corre
Voa
Entregar-me aqueles que não amam
Zoam
Entregar-me a mim

Tudo a frente é incerto
Vejo um vasto deserto
Se apresentar e confesso
Que não estou triste
Mas posso ficar

Seu perfume me motiva
E me intriga
Não sei se vou suportar
Deixar-te aqui
Entregue a quem quiser
Ou aqui ficar sem poder me entregar


Se eu vou
Eu me mudo
Mudo de mundo
Mas volto pra cá



Para rever-te então
Com toda a amizade
Por minha querida cidade
Que sempre me acolherá

E encontrarei nas ruas e vielas
Moças bonitas
Mulheres belas

E já estarei sorrindo
Mas voltarei talvez, triste
Como alguém que ainda insiste
Em um erro, mirar e acertar

Espero

Daqui a pouco vou te ver
Teu rosto beijar
E se outro aparecer
Vai acontecer o que?

Sentirá ciúmes
Se eu me insinuar com olhares
Com sorrisos, com charmes
Será?

Espero que ele vá
Pra te mostrar com muita clareza
Que sua estúpida incerteza
Vai fazer eu me afastar

Acho melhor você se cuidar,
Ou melhor, me cuidar...
Se mostrar que é imune
A um pouquinho de ciúme
Eu vou perder o bom costume
De vir te procurar

Pois então lhe digo o seguinte
Que tudo isso muito me aflige
Mas eu não vou desesperar
Agirei calmo como um burguês
Com o dobro de sensatez
Para ninguém me criticar

Mas o ódio que agora me assola
Pode sumir, se esvair
Sem demora
Se apenas um beijo me dirigir

Deixo então ao encargo da lua
Qualquer atitude sua
Que possa me seduzir
E peço ao seu corpo o ciúme
Peço a ti todo o cume
Da montanha do amor
Que nunca subi