Verbo

-Na criação, o verbo se fez matéria. Em mim, que a matéria se faça verbo...

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Alexande O GRANDE


Toda a vida que eu não vivi se joga na minha cara
Não a culpo
Ela apenas quer existir
Mas ela me cobra de mais
E às vezes eu não tenho como pagar
Toda saudade das pessoas que eu ainda não conheci
Seus rostos se escancaram a minha frente
Também não os culpo
Só querem ser conhecidos
Mas às vezes eu quero estar só
E bem acompanhado
Todo amor que eu não senti
As lágrimas que não derramei
As gargalhadas que não forneci
Todas elas arrombam meu peito
Em um só momento
Querendo sair

E eu sem vontade de nada, esperando por tudo
Vi um amor sincero
Havia traição, dor, desejo, sexo
Era eu, O GRANDE 
Foi esse amor que me encantou
Mas estar em seu lugar não me seduziu, nem me atraiu
E, à pezar das juras de companhia até a casa da morte
Sei que assim não será
Até lá, então, ficamos a mercê da sorte
Nesse mundo onde seus olhos se distraem e se perdem dos meus
Onde eu me perco de mim mesmo
Onde me traio

Como então, ser eu tão grande, como Alexandre?
Responderei minha pergunta, um dia.
Hoje sim!
Ou talvez não!
Mas quando eu responder,
Aí sim!
Eu terei muitas cartas para apostar.